quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Contrata-se um professor que goste de dar aulas

Que metade dos professores no Brasil ganham menos que 800,00 reais todos já sabiam. Que existe grande "descompasso" entre a formação teórica e a prática do ensino, todos já sabiam. Que os anos de estudos dos nascidos em paises "desenvolvidos" são muitos, todos já sabiam. Agora a Unesco, com seu estudo "Professores do Brasil: Impasses e Desafios", revela o pior: 50% dos alunos que cursam o magistério e que foram entrevistados disseram que não sentem vontade de ser professores. Os que assinam o estudo sugerem "uma verdadeira revolução" nas instituições educacionais.
O consultor em educação da Unesco no Brasil, Célio da Cunha, disse aos jornais:"Se houver continuidade e fazendo os ajustes necessários que sempre surgem, seguramente, daqui a alguns anos, podemos ter um cenário bem mais promissor do que o atual", e acrescentou que "é preciso "elevar o status" do professor...
Há muito mais tempo (1789) uma certa lei (revolucionaria) dizia: Os representantes do povo francês, reunidos em Assembléia Nacional, tendo em vista que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos Governos, resolveram declarar solenemente os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que esta declaração, sempre presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre permanentemente seus direitos e seus deveres; a fim de que os atos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, podendo ser a qualquer momento comparados com a finalidade de toda a instituição política, sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reivindicações
dos cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral.
Em razão disto, a Assembléia Nacional reconhece e declara, na presença e sob a égide do Ser Supremo,os seguintes direitos do homem e do cidadão:
Art.1º. Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundamentar-se na utilidade comum. É bom lembrar que na época a discussão dos ideais de liberdade e igualdade de direitos está evidenciada também na Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, escrita pela revolucionária francesa Marie Gouze, que elaborou um manifesto em defesa dos direitos da mulher (também em 1789).
Hoje muito tempo depois da invenção da liberdade, será que os que escolheram dar aulas como alternativa de emprego tiveram escolha?
Preciso mesmo fazer a minha própria escola. É claro que darei bolsas. Só preciso de um bom crédito no BNDES!

Alaise Beserra
alaise30@hotmail.com

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