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Quem quer ser o próximo banqueiro?
Entre os altos e baixos nas finanças americanas podemos aprender pelo menos como funciona a “confiança” para quem controla o crédito. A lição é tão ridícula que já passa da hora do mundo inteiro se alfabetizar em matéria de economia. O quadro é de um excesso tão sem tamanho que a capacidade não só de captar recurso como de inventar dinheiro é completamente assustadora. Eles estão diante de um endividamento que é público e também privado. Fala-se em 22,1 trilhões (93% do PIB). Eu que não entendi até agora o que aquela agencia quis dizer com AA+ entenderia mais facilmente se eles falassem em AA-, que foi o rebaixamento que eles deram para o Japão, 10 anos atrás.
Tudo bem que a máquina estatal permite os juros, os lucros e as tais formas de “rastro” de direitos, que nenhum ser humano comum teria, mas que os bancos, os mercados de títulos e o que especialistas entendem como “quase-bancos” podem ter e a partir disso manter toda essa lógica. E a lógica é tão loucamente interessante que é possível resgatar bancos falidos, criar mais crédito e fazer aparecer bônus bilionários que vão “regulamentar” as condições do risco que por sua vez nunca é suficiente para cessar a insanidade.
Porém, contudo, as coisas estão mais transparentes. E já é tão mais possível encontrar gente desacreditada que a recuperação da estabilidade nos EUA não é garantida. Por mais que o governo de Obama se comprometa em não ser estúpido tem o pessoal do Tea Party que nem quer planejamento, pode haver uma tentativa de equilíbrio fiscal, mas há um problema de rolagem da dívida e os interesses dos investidores do mercado financeiro podem decidir os rumos de quase tudo.
Perigo e crise de confiança também estão presentes no sistema bancário de países como a Espanha e a Itália. E Angela Merkel também preocupa pela postura. Cortar benefícios trabalhistas é como dar um tiro no pé. Nos Estados Unidos, os republicanos (que rejeitam medidas para resolver o problema da receita) estão sendo chamados de debt ceiling chicken, mas a irresponsabilidade acontece no mundo todo, os sistemas financeiros incentivam um jogo covarde, onde quem convence mais pode tudo, inclusive produzir mais ativos, manipular todo mundo impedindo a criação de renda e emprego até onde a inconsequência privada conseguir e a frouxidão política deixar. É o que Keynes explicava como “armadilha de liquidez”, quando a estratégia bancária vai além do que ela poderia sustentar. Há que se perceber que essa crise atinge cada um de nós. E de fato, de Atenas a Londres existe um começo de indignação que ninguém segura.
Para um religioso raso o mundo acabará amanhã de manhã, para um marxista convicto é o fim do capitalismo, mas pra mim e para otimistas como Shoghí Effendí é o principio de uma nova ordem mundial que poderá trazer muito beneficio. Se você parar para refletir vai querer matar um banqueiro ou vai querer ser um banqueiro. Esperamos não encontrar pela frente mais tipos de Lehman Brothers, mas quem sabe mais tipos como Muhammad Yunus, o banqueiro do bem que ganhou Prêmio Nobel e tudo. Alguém duvida que haverá revolução? Eu não duvido de mais nada.
Alaise Beserra
alaise30@hotmail.com
Votei lá bonita tomara que vc ganhe :D
ResponderExcluirbjs e o treco de polegadas do facebook eu te mandei uma mensagem.
abraço \o/
Jana