terça-feira, 16 de novembro de 2010

O comércio mundial em guerra de valor

Se a Dilma vai mexer no cambio isto é, se haverá um encarecimento do dinheiro ou não, isso realmente não me preocupa. O Estadão está preocupadíssimo, eu não. Fato é que o real está supervalorizado e isso implica em um montão de coisa, por exemplo, em percepção invertida da situação. Os mais conservadores e entendidos em economia insistem que estaria tudo resolvido num modelo clássico: câmbio flutuante (busca de estabilização de acordo com o mercado internacional), metas de inflação (compromisso em diminuir a inflação artificialmente) e ajuste fiscal (medidas de redução do endividamento). Esse é o conselho da turma do contra e não é seguido.

De todo modo, muita coisa foi feita nesse governo para o crescimento da economia. Mais do que promessas. Não só podemos observar uma melhora no orçamento do governo (digo no direcionamento dos gastos) quanto no andamento do comercio em geral. A Guararapes Confecções, que controla a Riachuelo, anunciou ter alcançado um aumento 23% nos lucros nos últimos 3 meses se comparado ao mesmo período do ano passado. Quer dizer que as pessoas estão comprando mais roupas.

Enquanto as pessoas querem comprar os países estão querendo exportar! Com o nosso consumo interno está tudo bem, ou está tudo caminhando. Com o comercio exterior está tudo cada vez mais dependente do movimento dos chamados países emergentes. E o Brasil é um deles, um dos que também quer vender. A chamada guerra cambial está ficando séria, mas essa não seria a única coisa para ser esclarecida ao mundo e aos brasileiros: a política de preços que prejudica o Brasil. Lula e suas impagaveis falas, no encontro do G20 realizado na Coreia do Sul ,perguntou: se todo mundo quer vender e ninguém quer comprar como é que fica o Ceará? Acho que ninguém soube traduzir.

Alaise Beserra
alaise30@hotmail.com