quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Paris abre com ar londrino

Tudo na Semana de moda de Paris- Primavera/Verão 2010 (com franca exceção dos exageros de Valentino na minha nada humilde opinião) está aprovadíssimo. Entre os mais conhecidos,desfilaram hoje Chanel, Junko Shimada, Valentino, Marithé & François Girbaud e Alexander McQueen.Os cintos finíssimos voltaram!Teremos muita delicadeza nos tecidos. Nota-se alguma sobriedade que nos remete imediatamente aos anos 40 e alguns acessórios coloridos se destacam. Todas as composições pareciam querer passar um liame de altivez.Os vestidos continuam curtos como eu já tinha comentado aqui e essa é a grande sensação mesmo do ano. As saias, pelo contrário, estão longas e comportadas. Mas os vestidos são a nova peça curinga, hoje em dia mais importante que a calça jeans.
Cabelos e maquiagem ganham um tom natural exatamente como tinha sido a cara dos desfiles na última semana de Milão. Amarelos, marrons e tons pasteis descambados para branco e nude marcaram o primeiro dia do desfile. Para minha felicidade, também brilha o azul no maior estilo tom sobre tom, um charme. Nos pés, nada de (nehum) peep toe, mas muitas sandálias sofisticadas ou bastante altas ou bastante baixas. Apareceram também aqueles tênis de luxo, que mais parecem sapatinhos com cadarço. Os babuches que voltaram com tudo na semana de moda de Londres, assinados pela famosa estilista Vivienne Westwood para a marca Melissa, ficaram de fora. Mas no Brasil já ganharam muitas fãs. Exemplo: todas as minhas amigas ou têm ou querem ter uma... Novidades quentes: o fotógrafo do portal da Vogue americana,Tommy Ton, do blog http://jakandjil.thepop.com/ estará documentando looks de rua em cidades mecas do mundo fashion: Nova York, Londres, Milão e Paris, durante as semanas de moda prêt-à-porter. Ele é conehecido por sempre mostrar os sapatos. Vale acompanhar.

Alaise Beserra
Alaise30@hotmail.com

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Regina Brett, 90 anos, Cleaveland, Ohio

"Para celebrar o envelhecer, uma vez eu escrevi 45 lições que a vida me ensinou. É a coluna mais requisitada que eu já escrevi. Meu taxímetro chegou aos 90 em agosto, então, aqui está a coluna, mais uma vez:

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.
3. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.
4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.
5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.
6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.
7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.
8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta.
9. Poupe para a aposentadoria, começando com seu primeiro salário.
10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.
11. Sele a paz com seu passado, para que ele não estrague seu presente.
12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que se trata a jornada deles.
14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.
15 Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.
16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.
17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.
18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.
19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.
20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite "não" como resposta.
21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Se prepare bastante; depois, se deixe levar pela maré...
23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.
26. Encare cada "chamado" desastre com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todos.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.
31. Indepedentemente de a situação ser boa ou ruim, irá mudar.
32. Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva...
33. Acredite em milagres.
34. Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que vc fez ou deixou de fazer.
35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.
36. Envelhecer é melhor do que morrer jovem.
37. Seus filhos só têm uma infância.
38. Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.
39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.
41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor está por vir.
43. Não importa como vc se sinta, levante, se vista e apareça.
44. Produza.
45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente "

terça-feira, 22 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Cuidado com a cuca: spread daqui, spread de lá

Eu chamaria de super-problematico-resto-do-empréstimo-admitido-dolosamente, mas o spread bancário, é a diferença entre o que o seu banco paga para receber recurso e o que ele cobra de você, cliente. Saiu em todos os cadernos de economia dessa semana; “Spread no Brasil só perde para Zimbábue”.

E olha que existe uma diferença enorme entre as economias do Zimbábue e do Brasil. Naquele país, a economia é tão caótica, mas tão caótica, que a inflação chegou na casa dos 231 milhões por cento em julho passado. Fato é que pesquisa do Fórum Econômico Mundial apontou que o ‘spread’ dos bancos brasileiros ficou cerca de 35% maior que a média das outras 127 instituições financeiras de outros países. E o mais estranho, a inadimplência no Brasil não acompanha a lógica.

De acordo com dados do FMI a taxa de inadimplência brasileira vêm caindo nos últimos anos. Então, pelo que eu entendi, a explicação é imoral; farra de especulação. Todos sabemos que os bancos são sanguessugas! E, é bom não esquecer, os bancos públicos compensam juros baixos com tarifas altas. Conheço noivas neuróticas que gastaram mais na festa de casamento que no seu primeiro ano de casada. Se você também for neurótico e quiser (e ainda por cima conseguir) um empréstimo de 30 mil reais, para fazer um casamento super bacanudo, por exemplo, é até dificil calcular o resultado do sua dívida, você depende, para além da negociação do número de parcelas a serem pagas (alias depende também do tipo, ou ‘dos tipos’ de flores que a noiva escolhe, já que esse produto muda de preço semanalmente!!!) e dos detahes que contribuem muito para que você pague mais que o planejado. E olha que muitos dizem;" vale a pena" (...) Nesse caso é melhor acreditar no Fernando Pessoa (“Tudo vale a pena se a alma não é pequena. Nada perdi. Tudo serei.”) e não discutir.


Como outro exemplo de dívida,posso citar um amigo que resolveu comprar um carro de segunda mão.Ele pegou 16 mil emprestado no banco dele. Apesar da modéstia, ele prefere pagar sua dívida em longos 5 anos. A cada ano, seu carro valerá menos e a parcela valerá mais. Façam as contas. Os juros prefixados (Com informações do Banco Central avaliada em agosto de 2009) variam entre 1,30 e 1,55. Entre os maiores bancos do país estão;
Itau – 543.217.085,
Banco do Brasil – 506.981.700,
Bradesco – 370.972.174,
Santander - 327.695.784,
Caixa Econômica Federal – 275.907.762,
HSBC – 103.901.184,
Votorantim – 76.256.133,
Safra – 56.008.403,
Citibank – 44.418.729 e
Banrisul com 26.671.259
(Em ativos, R$ mil).
Por tudo isso, muito cuidado com eles! Spreads mínimos só são aplicados a quem peça um empréstimo que não ultrapasse 60 ou 70% do montante em que é avaliado o imóvel em causa, dado como garantia. Por outro lado, os bancos estão igualmente pagando, eles próprios, spreads mais elevados quando se financiam no mercado interbancário desde 2008. Esses dias em entrevista à Folha de São Paulo, Henrique Meireles disse que a taxa de juro real brasileira, no mercado a termo, está hoje em 4,9%, explicando também que os bancos tendem a trabalhar com spreads baixos (ele disse baixíssimos, mas deixa) não por boa vontade, mas por pura competição. Ao ser peguntado se o governo pensa em tomar alguma medida para derrubar o spread, respondeu com honestidade: não.

È claro que os empréstimos movem o mundo. Brasileiro não costuma comprar carro à vista. E imóvel à vista é bastante raro também. Nem sempre se paga um casamento à vista. Tem gente que compra até frauda no cartão de crédito.É tudo uma loucura, mas é também de rompantes arriscados que o mundo avança. Entretanto, uma das regras básicas da economia domestica é que comprar dívida não é bom negócio. As duas primeiras são: não importa o quanto você ganha, importa o quanto você poupa. E em primeiríssimo lugar: nunca se esqueça de que nada é de graça! Jucelino Kubstchek fez Brasília com um grande empréstimo. E alguns dos nomes mais importantes da indústria mundial também não se importam em dever dinheiro. Esses que saem todo ano na capa da revista Forbes são o tipo de pessoa que gosta de correr risco alto. E é por isso que ganham muito e ganham por hora. Por isso também já faliram um dezena de vezes. Eles precisam perder muito dinheiro para depois ganhar muito dinheiro, mas antes eles, geralmente, pegam emprestado. De todo modo, para simples empregados, sejam empregados públicos (lei 8.112) ou CLTistas (lei N.º 5.452) ou seja, simples correntistas, ou pequenos investidores de fundo de renda fixa que não querem correr riscos, um empréstimo grande pode ser o apocalipse: Ashes to Ashes! Você pagaria muito caro.

Por Alaise Beserra
alaise30@hotmail.com

domingo, 13 de setembro de 2009

Quem é essa tal de Karen Armstrong

É uma biografia fascinante. Ela nasceu em Wildmoor, Worcestershire, Inglaterra, no seio de uma família católica de raízes irlandesas. Em 1962, com dezessete anos, torna-se noviça na ordem religiosa Society of the Holy Child Jesus e em 1965 tomou os votos de freira, assumindo o nome de Irmã Martha. Ainda no mesmo ano foi autorizada pela ordem a estudar Literatura Inglesa na Universidade de Oxford. Decepcionada com a vida religiosa, Karen abandona o convento em 1969 e orienta-se para a realização de um doutoramento sobre o poeta Alfred Tennyson; ao mesmo tempo começa a ensinar na Universidade de Londres. Porém, a sua tese de doutoramento foi rejeitada por um inspector externo e Karen ficou impedida de poder ensinar numa universidade. Todo este período foi marcado por problemas de saúde resultantes de uma epilepsia não diagnosticada e não tratada. Em 1976 tornou-se professora num colégio feminino em Dulwich. Chega a ser directora de departamento, mas devido ao seu absentismo (provocado pelos problemas de saúde) foi convidada a abandonar a instituição em 1981.
Em 1981 publicou Through the Narrow Gate, uma obra que relatava a sua fracassada experiência no convento e que rapidamente se tornou um best-seller na Grã-Bretanha. Começou a ser convidada a participar como comentadora em programas de televisão e em 1984 escreve e apresenta um programa sobre a vida de São Paulo para a estação de televisão Channel Four. O trabalhou que desenvolveu para concretizar o programa, que incluiu filmagens na cidade de Jerusalém, fez com que Karen mergulhasse de novo na esfera do religioso, depois de anos de afastamento, crítica e rejeição. Desde então tornou-se uma aclamada e respeitada autora sobre religiões abraâmicas, investigando temas como o recrudescimento dos integrismos religiosos nos nossos dias. É também autora de uma biografia de Buda, que se destaca pelo trabalho de pesquisa que diferencia a história da lenda. Ocasionalmente ensina Cristianismo no Leo Baeck College de Londres, uma instituição formadora rabinos. Em 1999 recebeu um prémio do Islamic Center of Southern California por promover o entendimento entre religiões.
Em 2005, Karen foi convidada a integrar a "Aliança das Civilizações", um projecto secundado pelas Nações Unidas e pelo primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, cujo objectivo é lançar pontes de diálogo entre o Ocidente e o mundo islâmico.O seu mais recente livro, publicado em finais de 2005, aborda a história e as funções da mitologia.

Obras
1981 Through the Narrow Gate
1983 Beginning the World
1983 The first Christian : Saint Paul's impact on Christianity
1985 Tongues of Fire: An Anthology of Religious and Poetic Experience
1986 The Gospel According to Woman: Christianity's Creation of the Sex War in the West
1988 Holy War: the Crusades and Their Impact on Today's World
1991 The English Mystics of the Fourteenth Century
1992 Muhammad: a Biography of the Prophet
1993 A History of God: The 4000-Year Quest of Judaism, Christianity and Islam
1993 The End of Silence : Women and the Priesthood
1996 In the Beginning: A New Interpretation of Genesis
1996 Jerusalem: One City, Three Faiths
2000 The Battle for God
2000 Islam, a Short History
2000 Buddha, a Biography
2004 The Spiral Staircase: My Climb Out of Darkness
2005 A Short History of Myth
2006 The Great Transformation: The World in the Time of Buddha, Socrates, Confucius and Jeremiah
2007 Muhammad: Prophet For Our Time
2007 The Bible:A Biography

Foram publicadas no Brasil
1999 Uma História de Deus: quatro milênios de busca do judaísmo, cristianismo e islamismo. São Paulo: Companhia das Letras.
2000 Jerusalém: uma cidade, três religiões. São Paulo: Companhia das Letras.
2001 Em nome de Deus: o fundamentalismo no judaísmo, no cristianismo e no islamismo. São Paulo: Companhia das Letras.
2001 Buda. Rio de Janeiro: Objetiva.
2001 O Islã. Rio de Janeiro: Objetiva.
2002 Maomé: uma biografia do profeta. São Paulo: Companhia das Letras.
2005 A Escada Espiral: memórias. São Paulo: Companhia das Letras.
2005 Breve História do Mito. São Paulo: Companhia das Letras.

Foram publicadas em Portugal
1998 Uma História de Deus. Lisboa: Temas e Debates.
2002 Jerusalém: uma cidade, três religiões. Lisboa: Temas e Debates.
2003 O Islamismo: História Breve. Lisboa: Círculo de Leitores.
2006 Uma Pequena História do Mito. Lisboa:Teorema.
2007 Buda. Lisboa: Temas&Debates.

Obs: Karen Armstrong escreve regularmente na imprensa e muitos dos seus artigos podem ser lidos no jornal britânico The Guardian.

sábado, 12 de setembro de 2009

Karen Armstrong disse que precisamos de deus

Richard Dawkins has been right all along, of course—at least in one important respect. Evolution has indeed dealt a blow to the idea of a benign creator, literally conceived. It tells us that there is no Intelligence controlling the cosmos, and that life itself is the result of a blind process of natural selection, in which innumerable species failed to survive. The fossil record reveals a natural history of pain, death and racial extinction, so if there was a divine plan, it was cruel, callously prodigal and wasteful. Human beings were not the pinnacle of a purposeful creation; like everything else, they evolved by trial and error and God had no direct hand in their making. No wonder so many fundamentalist Christians find their faith shaken to the core.

But Darwin may have done religion—and God—a favor by revealing a flaw in modern Western faith. Despite our scientific and technological brilliance, our understanding of God is often remarkably undeveloped—even primitive. In the past, many of the most influential Jewish, Christian and Muslim thinkers understood that what we call "God" is merely a symbol that points beyond itself to an indescribable transcendence, whose existence cannot be proved but is only intuited by means of spiritual exercises and a compassionate lifestyle that enable us to cultivate new capacities of mind and heart.

But by the end of the 17th century, instead of looking through the symbol to "the God beyond God," Christians were transforming it into hard fact. Sir Isaac Newton had claimed that his cosmic system proved beyond doubt the existence of an intelligent, omniscient and omnipotent creator, who was obviously "very well skilled in Mechanicks and Geometry." Enthralled by the prospect of such cast-iron certainty, churchmen started to develop a scientifically-based theology that eventually made Newton's Mechanick and, later, William Paley's Intelligent Designer essential to Western Christianity.

But the Great Mechanick was little more than an idol, the kind of human projection that theology, at its best, was supposed to avoid. God had been essential to Newtonian physics but it was not long before other scientists were able to dispense with the God-hypothesis and, finally, Darwin showed that there could be no proof for God's existence. This would not have been a disaster had not Christians become so dependent upon their scientific religion that they had lost the older habits of thought and were left without other resource.

Symbolism was essential to premodern religion, because it was only possible to speak about the ultimate reality—God, Tao, Brahman or Nirvana—analogically, since it lay beyond the reach of words. Jews and Christians both developed audaciously innovative and figurative methods of reading the Bible, and every statement of the Quran is called an ayah ("parable"). St Augustine (354-430), a major authority for both Catholics and Protestants, insisted that if a biblical text contradicted reputable science, it must be interpreted allegorically. This remained standard practice in the West until the 17th century, when in an effort to emulate the exact scientific method, Christians began to read scripture with a literalness that is without parallel in religious history.

SEPTEMBER 12, 2009
The Wall Street Journal

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Moda por quem entende muito ou tudo

Vários amigos me encontram na rua e perguntam antes de dizer oi: por que “Gola de Mandarim”? É claro que eu respondo, mas não antes de dizer que já respondi. Eu expliquei isso no primeiro texto postado. Mas já o perdemos de vista. E como não sou nenhuma webmaster, webdesign (alias temos uma revista virtual muito interessante com esse nome que pode te ensinar a construir interfaces e dominar muitas coisinhas do mundo 2.0). Eu deveria deixar um texto de abertura logo abaixo do slogan: Economia. Moda. Religião. Política. E não sei a melhor forma de fazer isso. A verdade é que estou acostumada a escrever para publicações de papel, e para ser sincera este é o meu primeiro blog! Voltando ao assunto, a verdade verdadeira é que eu só queria escrever sobre economia. E se vocês pensarem um pouco sobre finanças vão entender que tudo se relaciona de alguma forma com o mundo do dinheiro. Como estou me preparando para tentar um MBA nessa área, ando lendo muito, mas muito mesmo sobre o assunto. E para dizer a verdade nem entendo de moda. E inclusive uma vez que eu tentava uma entrevista com o Ciro Gomes, quando um assessor me disse que eu era jovem, bonita e bem informada, mas que isso era insignificante. Tudo é imagem, dizia ele com sotaque peruano, e ares de gay londrino. Eu tinha que entender que deveria me vestir bem. E que desastre eu estava, me disse aquela bicha. Eu deveria colocar um brinco de ouro, um batom vermelho um salto e quem sabe, silicone (nunca, isso nunca!). Então, depois de conseguir a entrevista com o Ciro eu decidi melhorar meu visual. Comprei uma “Enciclopédia da Moda” editado pela Companhia das Letras e escrito pela pesquisadora inglesa Georgina O’Hara Callan em 1986. Foi ali que finalmente entendi o que era um Scarpin e porque eu jamais aceitei que minha mãe me comprasse um desses. È agressivo como uma arma e definitivamente não combina comigo que ainda uso sapatos boneca de sola ana bela exatamente como eu usava na escola de freira que estudei quando criança. Ali encontrei a palavra gola de mandarim, uma gola (gola mesmo) alta e chic, de origem chinesa que traduz exatamente o que eu procurava. Também recomendo “O Pequeno Dicionário de Moda”, escrito na década de 50 e reeditado aqui pela Martins Fontes onde Christian Dior desenvolve um guia prático que diz como se vestir para qualquer ocasião e até ensina a dar um laço em uma echarpe, o que, pra mim, é totalmente over: the must old fashioned! E muitos concordam. Enfim, aí estão dois livros altamente recomendáveis para quem quer aprender sobre essa tal idumentária.

Alaise Beserra
Alaise30@hotmail.com

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Por que eles não tentam o veneno do sapo?

Ontem eu pintava meu cabelo de azul, e eis que surge a escalada mais indigna do jornal Nacional que eu já vi. De repente, a Fátima Bernardes em pé, mostra seu computador "de última geração" e uma tela "que muda de imagem" (?!!!). É como já disse o Zé simão, esse país é uma piada pronta. Para quem não viu, eu também não recomento. Mas foi histórico. E não só pela comemoração de aniversário, mas também pelo desepero. É como se eles dissessem : Olha! Olha para o meu estúdio, olha para apresentadora, agora vamos fazer um jogral, preste atenção. Eu sou o Bonner! Aqui é a minha cadeira. Agora vamos sorrir, não mude de canal, por favor! Essa é a minha parede de trabalho. Esse é meu mouse. Essa é a minha edição. Esse é o meu jornal. Mas não vai embora ainda. Agora vamos falar de drogas. Começaram a falar de crack. Depois de algumas gargalhadas, não consegui mais prestar atenção. E realmente entrei no assunto drogas. Meu cabelereiro super antenado em tudo, já estava mesmo conversando comigo sobre todas as drogras que ele já experimentou e sobre o quanto é interessante tomar o Santo Daime. Acabou me contando que além de ter feito cursos de cabelereiro na Holanda, e experimentado viagens astrais e tudo isso, também conheceu uma coisa que forlaleceu para sempre sua saúde: o kampô. Isso só foi notícia em São Paulo porque virou moda entre doidões e caretas de todos os tipos. A onda é deixar-se inocular pelo veneno de uma rã do Acre, pajelança feita na presença de caciques itinerantes que cobram cerca de 100 reias por isso já que garantem desintoxicar o corpo de qualquer mal. A prática me parece perigosa, e foi esse o parecer da Vigilancia Sanitaria!Muita gente, que nem nunca usou crack e essas drogas de rua, anda experimentando a viagem heterogêna não só com Ayuasca, mas até com o tal sapo. Eu ouço muitos e muitos relatos de conhecidos meus especialmente aqui em Brasília. E o "Jornal Nacional" nunca falou nada sobre isso. Como diria um outro âncora nacional muito famoso: isso é uma vergonha. Eu me senti contrangida com tanto desespero. "Oh, audiencia não me abandone, ne me quitte pas!". Será que eles ainda vão tentar adedonha? Eles, francamente, não sabem nada sobre o Brasil.
Alaise Beserra
alaise30@hotmail.com