quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Sam Cyrous nos contará qual é o sentido da vida

Ontem, terça-feira, à convite de uma amiga, fui a uma palestra sobre o sentido da vida. Sam, o palestrante estava excitado e calmo, como ele próprio descreveu. E como pode alguém ter tal domínio de sentimentos? Eu me pergunto. Tenho um amigo que consegue sentir isso tomando um valium (ou diazepam, tranquilizante do grupo dos benzodiazepínicos) ou outra droga sintética. Diferente dele, Sam consegue isso apenas com seu nível de sabedoria. Acadêmico brilhante, romântico e convicto de suas certezas, Sam, foi influenciado por culturas árabes, orientais e judaicas. Ele acredita na possibilidade da paz universal. Na verdade ele tem certeza disso (Não é lindo? Perfeito? Eu queria muito que ele tivesse razão!). Citando Viktor Emil Frankl (psiquiatra e psicólogo austríaco) e Abraham Maslow (pensador americano), ele explica que somos o resultado do que acreditamos. E, sempre acreditamos em algo! Ou acreditamos em Ganesha. Ou acreditamos em ciência fisiológica, ou acreditamos no valor das letras e na importância dos livros ou apenas acreditamos que vamos tomar uma cerveja. Sam provoca sua interessada platéia dizendo que somos somente isso: a soma de corpo, mente e identidade. Que identidade? Budista? Identidade estudantil? Profissional? Política? Você é socialista? Você é ateu? Ama o próximo ou gostaria apenas de ir fazer compras em Tokyo? Sempre acreditamos em algo. Pequeno ou grande. Sempre escolhemos as virtudes. Somos aquilo ou não somos aquilo. Então, temos um oráculo dentro de nós. E o “conhece-te a ti mesmo” não é só um conselho milenar, mas é um caminho. Me lembro que uma querida professora (Márcia Marques) nos dizia “Aproveitem a universidade, porque depois a vida é trabalhar e pagar imposto”. E eu que sempre esperei coisas fantásticas da minha inexplicável existência, andei me desiludindo ano após ano. Contudo, acredito que vou publicar meu livro infantil “A Curiosa Vida dos Búfalos” e que vou fundar uma escola. Depois, acordo e vejo que estou sendo muito megalomaníaca. Ainda mais agora que o STF rasgou meu diploma e riu da minha formação... Sam Cyrous tem muitas palavras de esperança para quem quer ouvir palavras de esperança. Ele disse ainda que a realidade humana é exatamente o seu estado de espírito, pura e simplesmente. E que talvez o sentido da vida esteja em viver como se o mundo fosse um só país. Então, se depender de mim, o livro de Sam vai vender mais que protetor solar no verão do nordeste brasileiro.

Um comentário:

  1. Querida Alaise,

    Primeiramente, quero dizer que foi um grande prazer te conhecer na casa da família Milani. Pena que com tanta gente lá não pudemos conversar mais... mas outras oportunidades virão, eu espero!

    Você escreve muito bem! Com certeza terá uma carreira muito bonita!

    Eu gostaria de comentar um trecho que me chamou a atenção no seu texto, "...Ele acredita na possibilidade da paz universal. Na verdade ele tem certeza disso (Não é lindo? Perfeito? Eu queria muito que ele tivesse razão!)". Sobre a paz universal, na verdade todos os princípios bahá'ís giram em torno dela:

    1) A livre e independente busca da verdade;
    2) A unidade do gênero humano;
    3) A Religião deve ser causa de amor;
    4) A unidade da religião e da ciência;
    5) O abandono de todas as formas de preconceito (de religião, raça, nação, etc.);
    6) A eliminação dos extremos de pobreza e riqueza;
    7) A igualdade dos homens perante a lei;
    8) Que a religião não se deve intrometer nas questões políticas;
    9) A plena igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres;
    10) Solução espiritual para os problemas econômicos...

    Acreditar nela (a paz universal) é acreditar na guia divina para este momento da maturidade da humanidade. Para os bahá'ís, ela não é só possível, mas inevitável! E nossa vida ganha um sentido verdadeiro, completo, quando cada um dos nossos esforços se volta para que isto aconteça mais cedo, e com menos sofrimento para toda a humanidade. ;)

    Um grande abraço, e até breve!
    Renata Valadares.

    ResponderExcluir